Você as observa. São gente, mas não como você. Elas têm o que você não tem mais.
E elas ainda acreditam naquilo que você, ressentido, destruiu. E ainda veem colorido o que em teus olhos arde tristemente.
E por tudo isso, e mais um tanto de natais e doces e joelhos esfolados, é que elas ainda podem ser as coisas que tu nunca mais serás. Todas essas coisas destinadas a morrer em tua poesia velha.
Você as observa. Elas brincam, elas vivem, nem bem sabem que vivem.
E você parte, sempre consciente, sentindo cada segundo da constante despedida.