Em casa de polaco, domingo é dia de pierogi.
Pai, mãe e filho em torno da mesa, cada qual contribuindo de algum modo para sair o almoço. Contribuição essa que os velhos barbudinhos da sociologia teriam algo a falar.
Supostamente a divisão do trabalho social gera solidariedade, é fonte de coesão social. (Durkheim de certo modo tinha boa fé na pessoas). Ou seja, de algum modo seriamos uma família mais unida pelo simples fato de meu pai girar o cilindro com a massa, minha mãe recortar e rechear os pierogis, enquanto eu fecho os ditos cujos. A vantagem produtiva nem chegaria perto da vantagem moral que tal divisão de atividades traria... o que creio não ser verdade frente a inevitável discussão familiar pré-almoço de domingo, que é pra lá de tradicional.
Ou então esse modo de produção de pierogis seria sacanagem, alienação, burgueses contra proletários (Marx de certo modo era simplista assim). Exploração do homem pelo homem, subordinação do trabalhador manual ao dono da fábrica, ao vil detentor do maquinário e do poder político. Talvez fosse eu o proletário posto que era o cargo mais baixo - fechador de pieroguis -, enquanto meu pai fosse o burguês malvado que detém os meios de produção – lembre-mos que o cilindro da massa é dele, tal qual o poder decisório. E minha mãe? Bem... marxismo tem problemas em explicar o que existe no meio de burgueses e proletários.
Mas hoje é dia de pierogi, chega de divagações sociológicas pífias e tortas.
Pai, mãe e filho em torno da mesa, cada qual contribuindo de algum modo para sair o almoço. Contribuição essa que os velhos barbudinhos da sociologia teriam algo a falar.
Supostamente a divisão do trabalho social gera solidariedade, é fonte de coesão social. (Durkheim de certo modo tinha boa fé na pessoas). Ou seja, de algum modo seriamos uma família mais unida pelo simples fato de meu pai girar o cilindro com a massa, minha mãe recortar e rechear os pierogis, enquanto eu fecho os ditos cujos. A vantagem produtiva nem chegaria perto da vantagem moral que tal divisão de atividades traria... o que creio não ser verdade frente a inevitável discussão familiar pré-almoço de domingo, que é pra lá de tradicional.
Ou então esse modo de produção de pierogis seria sacanagem, alienação, burgueses contra proletários (Marx de certo modo era simplista assim). Exploração do homem pelo homem, subordinação do trabalhador manual ao dono da fábrica, ao vil detentor do maquinário e do poder político. Talvez fosse eu o proletário posto que era o cargo mais baixo - fechador de pieroguis -, enquanto meu pai fosse o burguês malvado que detém os meios de produção – lembre-mos que o cilindro da massa é dele, tal qual o poder decisório. E minha mãe? Bem... marxismo tem problemas em explicar o que existe no meio de burgueses e proletários.
Mas hoje é dia de pierogi, chega de divagações sociológicas pífias e tortas.
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