Chego, triste, à conclusão de que des-informatizei-me.
Em hardware ou software, perdi o chão.
Não sei mais avaliar processadores ou placas de vídeo, e nem ao menos sei qual é a versão mais recente do Windows (!!) e se ela presta.
O fio da meada foi-se já há algum tempo, e hoje preciso engolir o orgulho por completo: se eu tiver de comprar um computador novo, terei de confiar no vendedor.
A que ponto cheguei!
Eu nunca fui o bicho-da-goiaba no mundo da informática, mas sempre dominei o básico. Aí que meu computador era como meu umbigo: sabia muito bem o que acontecia com ele, e poucos, pouquíssimos, podiam tocá-lo –
preciso melhorar essa metáfora.
Mas hoje, se meu conhecimento de informática correspondesse a qualquer parte do meu corpo, seria como as minhas costas: tão indefesas contra bilhetes colados!
E a coisa vai piorando conforme passa o tempo... A chuva meteórica de redes sociais e similares me assusta, tamanha é minha ignorância delas! Tudo bem, vá lá. Uma pessoa pode passar muito bem sem elas. Ninguém há de morrer por não ter um perfil no MySpace ou no Tumblr - mas talvez não se possa dizer o mesmo do Orkut.
Porém, o orgulho ferido, aquele comichãozinho que diz 'em outros tempos você saberia dessas coisas', acaba cutucando insidiosamente.
Talvez por isso resolvi arriscar-me nas áridas e inexploradas terras do Facebook. De quebra, mandei ver – só ando tentando, pra ser sincero – no Twitter.
E qual foi a frustração!
Quando achei que o fundo do poço vinha chegando, continuei a cair... Lá fui eu no Google buscando manuais que ensinem a usar o Facebook. Sim, caí até aí.
No Twitter ainda não recorri a tão sórdida ajuda, mas pelo andar da carruagem, logo, logo estarei buscando mais tutoriais.
O fato é: des-informatizei-me.
E o pior, a esculhambada de tudo, é que agora, quando vejo meus primos, lá na faixa dos 11 ou 12 anos, eles é que dão aqueles pitacos presunçosos de quem ensina o que tem como óbvio:
- Dá aqui esse mouse! Faz assim ó!
Ê vida. Nem nosso lado nerd ela poupa.