segunda-feira, 25 de abril de 2011

Homem do século XX

Às vezes me parece, numa análise pra lá de superficial, que tudo tende ao holismo. Não sei se por moda ou bom senso. Mas o holismo tá aí.

Na aula de Psicologia Aplicada ao Ensino de Línguas – que tal, hein? -, a professora nos deu um trabalho sobre a tal das Inteligências Múltiplas. E o que é isso?

Basicamente, é a teoria dum tal de Howard Gardner que advoga a favor da ideia de termos múltiplas inteligências, e não apenas uma. Neste caso, o conceito de inteligência seria mais ou menos como você ter um problema, aí esse problema traz uma série de soluções possíveis, mas só uma solução é a melhor/eficaz/resolutiva.

Bem, aí que a inteligência é chegar, assim, até essa solução e saber que é ela a solução.

Voltando então: múltiplas inteligências, não apenas uma.

Isso quer dizer que nossa capacidade em resolver problemas não se refere a uma só monolítica e absoluta inteligência; são, na verdade, oito. E elas podem ser mapeadas no cérebro – é tipo aquele caso do cara que leva uma pancada na cabeça e perde total habilidade pra uma coisa, mas para outras está perfeitamente são.

Seriam as oito inteligências: a lógico-matemática, a linguística, a espacial, a cinestésica corporal, a musical, a naturalista, a intrapessoal e a interpessoal.

Para mim, oito dimensões diferentes de medir minha burrice. Mas ok, vá lá.

Então, novamente, temos que o todo é que importa, onde o ideal é ter as oito inteligências devidamente estimuladas. Como sugere um livro acerca das inteligências múltiplas, o homem do século XX, restrito e fragmentando, é substituído pelo homem múltiplo e holístico do século XXI.

Estimulado por tão imponente assertiva, fui fazer um teste para medir as tais inteligências. Descobri o óbvio: em mim, a mais desenvolvida é a linguística (o que também é preocupante dada a suspeita qualidade literária de posts como este aqui), e a mais medíocre é a interpessoal (o que minha parca vida social já escancarava há tempos).

Quanto às outras inteligências, todas numa média irrelevante. Um pequeno destaque, talvez, à inteligência intrapessoal logo abaixo da linguística – bem, nada que minha introversão taciturna já não denunciasse.

É isso, definitivamente ainda sou um homem do século XX com sua sombra não-holística.

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