A placa tinha um silêncio orgulhoso, só conversava com os olhos:
Estamos em obras, dizia.
Parecia justificar o atraso, a ausência, a incompletude manifesta. Ou talvez se eximisse pelo pó, pelas vísceras de concreto expostas, pela inutilidade que formalizava.

Sim, claro, estamos em obras.
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