O cheiro de novidade vinha do lugar e do som.
Bar novo em cidade desconhecida, banda de fora tocando um blues. Não-sei-o-quelá-blues-band. Esqueço o nome mas não esqueço o som. Demais mesmo, de arrepiar a nuca de quem gosta da mistura de ritmo e sentimento. Sim, blues é sentimento e a banda lembrou bem isso.
As músicas admito que não conhecia, pois ignorante que sou – e com um ouvido musical nada treinado! – não reconheci mais do que umas três músicas mais comerciais tipo Georgia on my mind.
Mas com o perdão da tirada, para curtir um blues não é preciso saber o que se toca, é só ouvir, bater o pé acompanhando o ritmo e curtir toda a esfera criada pelo som. E uma esfera que só precisou de uma guitarra, uma batera e um baixo sem traste(!!).
Num trio assim, tocando um blues daqueles, até uma toupeira musical como eu pôde perceber a diferença que faz quando o baixo entra na música e mesmo ficando lá atrás, escondidinho, é o tchan da coisa toda.
Mas com o perdão da tirada, para curtir um blues não é preciso saber o que se toca, é só ouvir, bater o pé acompanhando o ritmo e curtir toda a esfera criada pelo som. E uma esfera que só precisou de uma guitarra, uma batera e um baixo sem traste(!!).
Num trio assim, tocando um blues daqueles, até uma toupeira musical como eu pôde perceber a diferença que faz quando o baixo entra na música e mesmo ficando lá atrás, escondidinho, é o tchan da coisa toda.
Se não fosse a escravidão, se não fossem as cidades sulistas dos EUA, não fosse toda a angustia e melancolia afro-americana, e se não fosse toda a indústria cultural de um mundo sem fronteiras, a noite de sábado não teria sido tão boa. Maldades a parte, blues é história contada e marcada na batida do pé, com gosto de álcool na boca e cheiro de fumaça no ar.