No horizonte do tempo os anos luzem, promessa convidativa de uma folha em branco. O que escrever, o que desenhar? Pode-se tanto e tanta coisa é possível.
Então o pulso fraqueja e os dedos entortam.
Frágil, a mão vacila sobre a folha.
Nenhum traço, sequer uma letra. Nada sai.
A folha em branco, indiferente, permanece. É cravada à força na retina dos olhos assustados, os olhos donos da mão e do medo; esses olhos vitimados pelo branco perturbador que ameaça ser eterno.
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