terça-feira, 5 de julho de 2016

Depois da Terra (2013)

Mil anos depois de um cataclisma ter forçado a humanidade a sair da Terra, Nova Prime se tornou o novo lar dos humanos.


O lendário general Cypher Raige (Will Smith) retorna para sua família depois de uma longa ausência a serviço, pronto para criar seu filho de 13 anos Kitai (Jaden Smith).

Quando uma tempestade de asteroides danifica a nave de Cypher e Kitai, eles caem numa Terra perigosa e inóspita.

Enquanto seu pai fica à beira da morte no cockpit da nave, Kitai deve percorrer o terreno hostil para recuperar seu sinalizador de resgate.

Durante toda sua vida, Kitai quis ser um soldado, como seu pai, e hoje ele tem essa oportunidade.

E aí está o resuminho de Depois da Terra, filme de ficção científica lançado em 2013 e que traz Will Smith atuando ao lado do filho. 



Will Smith já estrelou filmes de ficção científica que se não foram aquele primor foram, ao menos, assistíveis - confesso que toda reprise de Eu, Robô, eu acabo assistindo pelo menos um pedaço.  

Mas e aqui, vale a pena assistir a Depois da Terra? 


Poupando o leitor e o tempo: não, não vale!

É um filme fraco e limitado, cheio de promessas não cumpridas e com atuações bizonhamente ruins.


Fraco e limitado porque não consegue criar tensão ou emoção: suas cenas de ação são fracas, esparsas e sem inovação.


E muito menos consegue criar simpatia no seu espectador: o drama familiar que envolve o enredo simplesmente não decola. É colocado de forma apressada no início, depois é intercalado, mas em nenhum momento convence a gente.



Jaden e Will tentando (e falhando) em criar um drama "pai e filho".
É um filme cheio de promessas não cumpridas porque de início, de fato, parece que vai ser legal

A coisa de revisitar a Terra abandonada, o elemento de sobrevivência um ambiente hostil, a pegada de suspense quanto a estar numa situação de perigo e perseguido por uma besta mortal... quanta coisa boa poderia vir disso!


Só que não. De tantas ideias boas o enredo fica tonto, bate aqui e ali, e não chega plenamente a lugar algum.


No horizonte parece vir coisa boa... mas só parece.
Quanto às atuações... 

O 'lendário general' que Will Smith vive ficou um papel fraco. A 'lenda' dele é explicada numa brevíssima passagem de 1 minuto, umas duas cenas da galera pagando pau pra ele, e depois, todo o resto do filme, a 'lenda' se sustenta na carranca inexpressiva e voz engessada do Will Smith no melhor estilo Exterminador do Futuro do tio Arnold. O papel era ruim, mas Will Smith não ajudou em nada a melhorá-lo.


E quanto ao real protagonista, o filho do general, bem... ele ao menos consegue mexer com a gente: dá raiva a burrice dele


Mas é uma burrice tão forçada que qualquer mocinha de filme de terror com suas atitudes estupidamente burras parece mais inteligente e razoável do que ele. Enfim, outro personagem fraco, mal encaixado tanto no drama familiar (relação com o pai) quanto na aventura, e em nada ajudado pela atuação de Jaden Smith.

Jaden tentando atuar. 

A impressão final é de um filme feito para pai e filho (Will e Jaden) se divertirem e de quebra ganhar um pouco de dinheiro.

A única coisa legal do filme, de verdade, é a leve retratação duma Terra desabitada há séculos. Mas como foi um retrato super leve, nem isso justifica assistir ao filme.


Quer um exemplo de Ficção Científica descartável? Aí está.


Poupe seu tempo, vista e expectativas: não assista. 

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