Quanto mais conheço da internet mais vejo que não conheço nada, e mais aumenta minha impressão de que esse mundo tá virando um negócio de maluco. Principalmente quando olho pra esse auê de comunidades virtuais e derivados.
Conversando com um amigo, ele me disse que o MySpace da sua banda tinha atingido não sei quantos mil visitantes. Eu, só para me entrosar, fiz que sabia que tantas visitas era uma quantidade fantástica para um MySpace. Eu nem sei o que é isso; não sei onde fica, como se faz um, nem para que serve. Vagamente sei que toda banda – como é o caso do meu amigo – parece que deve ter um hoje em dia.
Mas a zona continua com Facebook, LastFM, Twitter, Flickr, Fotolog, Tumblr, Delicious e certamente outros que minha ignorância virtual não contempla – e Orkut nem comento porque toda pessoal normal tem um, certo?
Em suma, tem uma porrada de sites com trejeitos de comunidades virtuais que exigem um profile. Resultado é que as pessoas ficam num frenético recorta e cola com esses profiles para tentar dizer, e mostrar é claro, quem são elas. O que faz, que amigos tem, quais filmes assiste, quais bandas curte, o que acabou de fazer, qual foi a porcaria de lugar que você esteve nas ultimas férias. Tem até o Skoob, onde você cria um profile baseado nos livros que você leu, está lendo, ou pretende ler...
Sério, acho muito maluco isso tudo. Num forum esses dias atrás, a assinatura da pessoa trazia link para uns quatro ou cinco profiles dela. O seu eu todo dividido e repartido, exposto à vontade de um clique; conseguiu a proeza de se destilar em várias dimensões, como um quebra-cabeças ao contrario. E eu que tinha a impressão que o meu eu só precisava de um Orkut e um blog.
Mas o que acho ainda mais tenso é que as pessoas não tem apenas que se mostrar conforme a comunidade exige. Elas tem que se mostrar melhores do que as outras. Uma competição virtual para conseguir acessos, amigos, comentários, notas, views, ou coisa que o valha. O cúmulo são aquelas redes sociais estilo Orkut exclusivas para pessoas bonitas... e se alguém acha algum profile feio, faz uma denúncia(!) e o mesmo é excluído. Ou então parece que se você não atingir certa porcentagem de votos que elogiem sua beleza, você é também é excluído.
A questão é que não basta mais uma poesia bacana no quem sou eu, uns videozinhos da sua banda preferida e umas fotinhas transadas. Isso não dá pano pra manga no competitivo mundo dos profiles. É preciso mostrar-se convincentemente com toda a criatividade possível.
Talvez ninguém possa discutir que um blog precise de seus recursos marketeiros. Só que isso se espalhou bizonhamente para todas as outras coisas onde as pessoas falem de si. Aliás, há um tempo atrás blog era algo duvidoso pela sua alta carga expositiva, mas hoje blog é o menor dos aparatos pelo qual a gente pode ter a intimidade ou coisa que o valha exposta. No duro, eu fico bobo com essas coisas.
Isso tudo entra no nosso dia a dia e se a gente não pára pra pensar até esquece como são coisas malucas.
Conversando com um amigo, ele me disse que o MySpace da sua banda tinha atingido não sei quantos mil visitantes. Eu, só para me entrosar, fiz que sabia que tantas visitas era uma quantidade fantástica para um MySpace. Eu nem sei o que é isso; não sei onde fica, como se faz um, nem para que serve. Vagamente sei que toda banda – como é o caso do meu amigo – parece que deve ter um hoje em dia.
Mas a zona continua com Facebook, LastFM, Twitter, Flickr, Fotolog, Tumblr, Delicious e certamente outros que minha ignorância virtual não contempla – e Orkut nem comento porque toda pessoal normal tem um, certo?
Em suma, tem uma porrada de sites com trejeitos de comunidades virtuais que exigem um profile. Resultado é que as pessoas ficam num frenético recorta e cola com esses profiles para tentar dizer, e mostrar é claro, quem são elas. O que faz, que amigos tem, quais filmes assiste, quais bandas curte, o que acabou de fazer, qual foi a porcaria de lugar que você esteve nas ultimas férias. Tem até o Skoob, onde você cria um profile baseado nos livros que você leu, está lendo, ou pretende ler...
Sério, acho muito maluco isso tudo. Num forum esses dias atrás, a assinatura da pessoa trazia link para uns quatro ou cinco profiles dela. O seu eu todo dividido e repartido, exposto à vontade de um clique; conseguiu a proeza de se destilar em várias dimensões, como um quebra-cabeças ao contrario. E eu que tinha a impressão que o meu eu só precisava de um Orkut e um blog.
Mas o que acho ainda mais tenso é que as pessoas não tem apenas que se mostrar conforme a comunidade exige. Elas tem que se mostrar melhores do que as outras. Uma competição virtual para conseguir acessos, amigos, comentários, notas, views, ou coisa que o valha. O cúmulo são aquelas redes sociais estilo Orkut exclusivas para pessoas bonitas... e se alguém acha algum profile feio, faz uma denúncia(!) e o mesmo é excluído. Ou então parece que se você não atingir certa porcentagem de votos que elogiem sua beleza, você é também é excluído.
A questão é que não basta mais uma poesia bacana no quem sou eu, uns videozinhos da sua banda preferida e umas fotinhas transadas. Isso não dá pano pra manga no competitivo mundo dos profiles. É preciso mostrar-se convincentemente com toda a criatividade possível.
Talvez ninguém possa discutir que um blog precise de seus recursos marketeiros. Só que isso se espalhou bizonhamente para todas as outras coisas onde as pessoas falem de si. Aliás, há um tempo atrás blog era algo duvidoso pela sua alta carga expositiva, mas hoje blog é o menor dos aparatos pelo qual a gente pode ter a intimidade ou coisa que o valha exposta. No duro, eu fico bobo com essas coisas.
Isso tudo entra no nosso dia a dia e se a gente não pára pra pensar até esquece como são coisas malucas.
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